Política Externa e o Itamaraty
O ministro José Serra (Relações Exteriores) estabeleceu dez novas diretrizes para a política externa brasileira nesta quarta-feira (18), dizendo que a partir de agora ela irá "atender à sociedade e não a um partido", em discurso durante cerimônia de transmissão de cargo, em Brasília.
"A diplomacia voltará a refletir de modo transparente e intransigente os valores da sociedade brasileira e os interesses de sua economia", disse Serra. "A nossa política externa será regida pelos valores do Estado e da nação, não de um governo e jamais de um partido."
Entre as novas diretrizes que serão sua prioridade, Serra citou as relações com a Argentina, o México e os EUA, o fortalecimento do Mercosul e o trabalho conjunto com outros ministérios para reforçar a segurança nas fronteiras, "hoje lugar do desenvolvimento do crime organizado no Brasil".
"Nos empenharemos em mobilizar a cooperação de nossos países vizinhos para uma ação conjunta contra essas práticas criminosas", afirmou.
"Quero retirar o Itamaraty gradativamente da penúria de recursos em que foi deixado pela irresponsabilidade fiscal que dominou a economia brasileira nesta última década", disse ainda Serra.
"A casa será reforçada e não enfraquecida. E no governo do presidente Temer, o Itamaraty volta ao núcleo central do governo", acrescentou.
Nesta semana, o Itamaraty informou ao Planejamento que precisa de mais de R$ 800 milhões para cobrir dívidas da pasta, cujo orçamento é de R$ 2,98 bilhões.
Há problemas no pagamento de auxílios a diplomatas e atrasos de até quatro meses nos salários de pessoal contratado no exterior.
Serra cumpriria mandato de senador até 2022, mas se afastou do cargo para assumir o ministério, indicado pelo presidente interino Michel Temer (PMDB-SP). Ele substitui Mauro Vieira, diplomata de carreira.
4 Comentários
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Não confio no Serra.
Vai ter que provar o que diz. continuar lendo
E como ministro entra no foro privilegiado, lembrando que o mesmo tem problemas na la jato. continuar lendo
Temos uma tradição histórica de não-alinhamento e neutralidade na política externa. Nos últimos anos, contudo, o que se observou foi um desastrado desvio de nossa postura, para privilegiar determinados governos de acordo com seu alinhamento ideológico - mesmo quando em detrimento de nossos interesses. Isso precisa ser revisto com urgência. continuar lendo
Eduardo Sefer, essa "tradicao historica" está ligada às politicas entreguistas de nosso patrimonio que marcaram toda a nossa historia, desde a colonizacao.
Infelizmente compreendo seu despreparo para a analise porque os governos totalitarios sistematicos retiraram do curriculo escolar toda possibilidade de reflexao, exatamente como estao fazendo agora com a Lei da Neutralidade já aprovada em Alagoas, um dos mais violentos e miseraveis estados do Pais.
A política internacional proposta por este Serra (informe-se sobre a ficha tecnica deste covarde traidor da Patria) é a do desmantelamento do esforco executado pelo presidente Lula em marcar presenca na Africa e na America Latina para favorecer parcerias e comercio internacional.
Serra propoe que sejamos OUTRA VEZ capachos dos EUA.
Não se deixe enganar. Leia a imprensa internacional. Procure saber sobre as riquezas minerais, a cooperacao internacional e o BRICS, entre outros fatores de Soberania Nacional em vez de repetir o discurso que inculcaram em sua mente.
Reaja! Nao se deixe enganar assim tao facilmente! continuar lendo